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6 de março de 2024Qual o intervalo de coleta de óleo ideal?
Antes de mais nada, precisamos entender que, para calcular o intervalo de coleta, é preciso compreender a curva P-F, o intervalo P-F e o planejamento de tecnologias preditivas, fundamental em um programa de manutenção preditiva.
A compreensão da curva P-F, como a maioria de nós sabemos, é o que vai ajudar um gerente de manutenção ou confiabilidade a vender a necessidade de tecnologias preditivas, como análise de vibração, análise de óleo, entre outras.
Isso também deve ser implementado corretamente, reduzindo a quantidade de manutenção reativa que está sendo executada em sua planta.
O que a curva P-F original não fará é maximizar o benefício do programa de preditiva sem que haja, contudo, uma aplicação efetiva das ferramentas.
Curva P-F
O eixo x da curva representa o Tempo (T) ou a Idade de Operação, e o eixo y representa a resistência à falha. Começando na parte superior esquerda da curva e movendo-se para a direita, encontramos o ponto P, conhecido como Falha Potencial. Esse é o ponto no tempo que, ao usar alguma ferramenta de preditiva, pode primeiro detectar a falha.
À medida que continuamos a avançar ao longo dessa curva, a resistência à falha continua a cair até encontrar o ponto F, conhecido como Falha Funcional. Esse é o ponto no tempo em que a resistência dos componentes à falha deteriorou-se a um ponto onde não pode mais realizar a função pretendida.

Intervalo P-F
O tempo decorrido entre o ponto P e o ponto F é conhecido como o intervalo P-F. O valor conhecido no intervalo P-F de um componente para um modo de falha específico é que agora definirá o intervalo da inspeção baseada em condição (técnicas preditivas).
Ao definir o intervalo de coleta de óleo, devemos agora, com um alto nível de confiança, ser capazes de detectar a falha desse componente, assim como planejar uma tarefa de substituição ou restauração e reparar o componente antes da falha ocorrer.
Ao fazê-lo, agora substituímos o que antes era uma tarefa reativa sem o planejamento adequado do intervalo de uso da ferramenta preditiva em questão.
Como aplicar?
A introdução da curva P-F às tarefas de monitoramento por condição proporcionou uma mudança inovadora em um mundo onde a Manutenção Preventiva era vista como a única opção para evitar a manutenção de emergência/demanda.
As empresas que investiram em Análise de Vibração, Análise de Óleo e outras técnicas investiram muito para aquisição de equipamentos e treinamentos de Manutenção Preditiva.
Começaram a compartilhar histórias de sucesso e economia gerada a partir de falhas detectadas e danos secundários associados com manutenção de emergência.
Assim, cada equipamento tem seu intervalo de coleta de óleo baseado no estudo da curva P-F para o equipamento em específico. Por isso, as frequências de análise são diferentes nas mais diversas aplicações e equipamentos.
Análise de condições
É válido lembrar que, quando tratamos, por exemplo, uma amostra semestralmente e esta tem uma P-F que determina um intervalo de coleta de óleo entre coletas de 250 horas, não estamos fazendo monitoramento das condições. Estamos fazendo uma análise pontual das condições de um determinado equipamento em um determinado momento, portanto.
Isso gera, portanto, um GAP grande da realidade, visto que não está sendo avaliada a tendência. Consequentemente, podemos estar próximos do ponto F, que é onde apresenta a falha funcional. Assim, é primordial que se cumpra o intervalo de coleta recomendado. Isso permite avaliar a evolução de desgaste e identificar o momento da falha potencial.