Principais aliados na
manutenção do setor florestal

O setor florestal no Brasil

Por conta do solo e do clima de seu território, o Brasil apresenta forte competitividade no mercado de produtos florestais. Os considerados “carros-chefes” do setor brasileiro são as indústrias de papel e celulose, carvão vegetal, painéis de madeira e serrados. Ainda que cada um desses produtos possua um mercado próprio, as condições para o desenvolvimento estão associadas à base florestal, o que os torna independentes.

Dono da segunda maior cobertura florestal do mundo, o Brasil desenvolveu tecnologias avançadas para a transformação industrial da madeira e para a exploração de florestas. No país, a atividade florestal é muito importante, em especial pela capacidade de geração de emprego e renda do setor.

Mundialmente, a atividade florestal desempenha papel importante no fornecimento de energia e matéria- prima para a construção civil e para a indústria de transformação. De toda a extensa cobertura florestal do território brasileiro, estima-se que 69% dessa área tenha potencial produtivo.

Por conta disso, o país desenvolveu uma estrutura produtiva complexa, incluindo as florestas plantadas, em maior parte com eucaliptos e pinus, e suas relações com produtores de equipamentos, projetos de engenharia, insumos e empresas de produtos florestais.

Manutenção de equipamentos florestais

Hoje em dia, as operações florestais são mais mecanizadas, e o trabalho é mais rápido e produtivo, com diversas máquinas que desempenham mais de uma função. E, uma vez que a aquisição de máquinas pode demandar investimentos elevados para o produtor, a manutenção acaba sendo uma importante aliada no processo.

Em média, a vida útil econômica de uma máquina florestal gira em torno de 25 mil horas. Dependendo do turno de trabalho, esse tempo equivale a 5 ou 6 anos de operação. No entanto, alguns especialistas sugerem que, se a máquina passar por cuidados adequados e procedimentos de manutenção, sua vida útil pode se estender entre 20% e 30%.

Manutenção preditiva e análise de óleo

A análise de óleo é um estudo detalhado e preciso sobre os óleos lubrificantes utilizados nas máquinas. Como um método de manutenção preditiva, a análise de óleo também consegue apontar anomalias, como desgaste de componentes, presença de micropartículas e demais substâncias contaminantes. A análise de óleo é uma ferramenta importante, um dos procedimentos mais importantes da manutenção preditiva.

A ausência desse tipo de manutenção deixa os equipamentos sujeitos a problemas sérios em componentes importantes e até mesmo a paradas completas nas operações. Tais paradas representam grandes prejuízos a todo o processo produtivo das empresas, na medida em que exigem manutenções de caráter corretivo – de custo muito mais elevado –, além da troca de componentes de custo mais oneroso para as empresas e alto tempo de reparo.

Com a análise de óleo, a vida útil dos componentes é ampliada, reduzindo gastos com material de reposição, trocas de óleo desnecessárias e mão de obra em manutenções não programadas.

Manutenção e redução de custos

O melhor caminho para que as máquinas alcancem a excelência em produtividade e funcionamento é manter um planejamento de manutenção e investir em uma boa gestão. Neste sentido, ganha destaque a manutenção preditiva como ferramenta essencial para ampliar a vida útil de seus equipamentos e promover a redução de custos com o maquinário.

Empresas do setor florestal que buscam ser mais assertivas no diagnóstico de máquinas e equipamentos precisam investir na manutenção preditiva. Somente tal manutenção será capaz de identificar as condições reais das máquinas, por meio de dados que informem o status atual de degradação, antes mesmo que essas apresentem os primeiros sinais de falha.

Graças a esse procedimento, torna-se possível evitar trocas desnecessárias de peças e componentes em bom estado – mesmo apesar do tempo de uso. Análises realizadas no processo da manutenção preditiva podem detectar anomalias, como seu estado de desgaste, além de informar qualquer substância contaminante em diversos componentes. Desse modo, possibilitam que algo seja feito antes que os defeitos se agravem, evitando prejuízos maiores para os gestores.

Quando não são feitos, aumenta-se consideravelmente a chance de precisar recorrer a uma manutenção corretiva para reparar os danos na máquina. A manutenção corretiva é a mais temida pelas empresas, uma vez que se trata da mais cara de todas, exigindo um custo muito alto para o produtor.

Estudo de caso – Forwarder – Cubo dianteiro

Em uma análise de óleo realizada no cubo dianteiro direito 2 de um forwarder, foram verificadas uma alta concentração de Ferro, um elemento de desgaste, e grande quantidade de limalhas ferrosas visíveis a olho nu, indicando desgaste do componente.

O analista da ALS ligou para o cliente para aprofundar os detalhes do problema, dar orientações mais
específicas e discutir todas as opções de inspeção. Com a conclusão do processo de interpretação ativa, o cliente retornou informando a causa raiz do problema: uma folga excessiva devido à falta de calço de ajuste, que causava o desgaste do conjunto redutor de força, sendo necessário efetuar sua troca.

Utilizando a análise de óleo, o cliente economizou R$ 24.886,77.

Sem o procedimento, ele teria que arcar com a substituição completa do conjunto e ainda encontraria problemas com a quebra das engrenagens e impossibilidade de locomoção do equipamento do local de risco.